segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

A dama de copas...

És a dama de copas e senhora do meu coração: o domínio da vontade e dos desejos, dos meus passos e destino pertencem-te por inteiro, pois és tanto a brisa da Primavera que passa, como a chaleira que chia num Outono agasalhado já de lãs e melancólicos suspiros. Desfiar de estações, revolução solar, trânsitos celestes e trama cósmica...

És tudo e também a sombra intangível ou o murmúrio do mar, a trova cantada e a eleita miragem. E serás todo um rol de adjectivos, metáforas e figuras de estilo, mas todos os rendilhados reunidos não te fariam justiça, se tu és senão a dama de copas, a completa senhora de mim através dos dias de chumbo e das noites plenas.

E é pois por ti que pedalo - pela dama de copas, senhora do meu coração, brasão do meu estandarte, horizonte perseguido e Graal que me escapa... É pra ti que pedalo senhora das copas, senhora de mim.

6 comentários:

kaiaia disse...

;)

Rute Rockabilly disse...

e novidades "romeu"?

Anónimo disse...

Agni
incendiado
em copas
fechado
aos
delicados
caminhos
de Ancamna
sobre
a cinza
queira ele
e a lama
floresce.

um anarco-ciclista disse...

Só não percebi se tu és, então, a esposa do deus da guerra...

Anónimo disse...

A pés nus
percorro
as nascentes
de Ancamna
espelhos de fogo
no chão da manhã.

um anarco-ciclista disse...

Vens! Sinto teus firmes passos
próximos e cada vez mais
pelas serras e areais
enlaçam-te já meus braços.