sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

vou hibernar

São 6 da manhã e vou hibernar. Queria ter-te a ti e ao meu coração presos como penhora feita e amuleto erguido, estandarte desfraldado e graal por alcançar. Gostei de ti e gostei duma maneira que não se explica: nem eu percebo sequer! És a minha dama de copas e o horizonte por pedalar, senhora do meu coração e meta por desejar, casmurrice decorrente e... quiçá talvez, a doença mental enfim revelada.

E olha que eu não estou aqui a vender perfumes como aquele gajo da Diana - pois camões morreu na miséria, bocage nem lembro, cesário e nobre tuberculosos, sá carneiro meteu uma bala na cabeça, sardinha não acabou bem, pessoa com um cirrose, botto com sífilis e ary dos  santos com um avc... josé gomes ferreira viajou com longos e brancos cabelos e foi porém o único! Mas eu nem sequer escrevo bons versos.

Por vezes fantasiei certos episódios, mas não houve dia que não postasse a mais perene de todas as verdades, declarando-te o meu amor de modo desabrido, voluntário e consciente, sem rede, cenários ou subterfúgios - tal e qual como naquela noite debaixo do candeeiro que nos iluminava sobre o alpendre do teu prédio. Lembras-te? Não sei em que fase estava a Lua, pois só tinha olhos para ti, mas não hei-de esquecer nunca aquele arrepio de frio - e era Verão...

Sei que me lês! Tu és aquela que eu amo e sabes que amores destes podem hibernar, mas não morrem. Nunca. Como poderia ser de outra forma?

2 comentários:

Anónimo disse...

http://www.youtube.com/watch?v=p8ryfzzP7hI

um anarco-ciclista disse...

"este vídeo não existe. pedimos desculpa"