sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

a última ganza

Pedalei há pouco por estradas laranjas, laranjas do fogo, no rasto da luz diáfana deixada da dança de Shiva, bailando junto do rio plo som composto dum vento furioso soprando iras. E cortando a noite, sob a batuta de mastros agitados, escutava-se apenas  o tintilar de mil ferros  e o ranger de mil cordas embalando, por entre velas ufanadas,  o constante e zangado vagido do mar. Pedalei por uma fria e desolada escuridão: fui até ao spot que era o nosso e perdi no caminho de volta... a minha última ganza.




Sem comentários: