terça-feira, 25 de dezembro de 2012

0 rigor religioso

Todo casto ao ser ungido com sagrados óleos teus, 
escuto sempre embevecido quando clamas "ai meu Deus!” 
Num sussurro in-ter-mi-ten-te ou num BRADO todo ardente, 
gelas-me com arrepios, fazes de mim quase um crente.

E se vestes seda branca, virginal e rendilhada, 
apenas venero o anjo – só te falta ser alada! 
Mesmo pro altar subindo toda em transe e devoção... 
Como posso adorá-Lo, Deus da Crucificação?

Seja então excomungado, ad perpetuam bem banido, 
ateu ao fundo da alma, eu por ti já sou caído. 
Não serei nunca refém do rigor religioso, 
Resgatado já eu sou… Quando atinges o teu Gozo.

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