Todo casto ao ser ungido com sagrados óleos
teus,
escuto sempre embevecido quando clamas "ai meu Deus!”
Num
sussurro in-ter-mi-ten-te ou num BRADO todo ardente,
gelas-me com
arrepios, fazes de mim quase um crente.
E se vestes seda branca, virginal e rendilhada,
E se vestes seda branca, virginal e rendilhada,
apenas venero o anjo – só te falta ser alada!
Mesmo pro altar subindo toda em transe e devoção...
Como posso adorá-Lo,
Deus da Crucificação?
Seja então excomungado, ad perpetuam bem banido,
Seja então excomungado, ad perpetuam bem banido,
ateu
ao fundo da alma, eu por ti já sou caído.
Não serei nunca refém do
rigor religioso,
Resgatado já eu sou… Quando atinges o teu Gozo.
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