quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Muito depois da meia noite

Com a fé dum apóstolo
E a malícia dum ébrio,
Com o frenesim dum doido
E o desespero dum náufrago...

Com as certezas dum sábio,
Com a euforia dum apostador,
Com a cadência dum operário
E a resiliência dum maratonista,

Com o desnorte dum andarilho
E a inspiração dum trovador,
Com o delírio dum alquimista
E o burlesco dum jogral...

Pleno como o poente,
Volúvel como a Lua
E célere como um cometa...
Uma e sempre e outra vez

E terno como eu retorno!
Com a angústia dos inocentes
E a altivez dos vencidos,
Beijo-te a ponta dos dedos.

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