quinta-feira, 18 de outubro de 2012

bardaMerkel


Sabes, linda rapariga da bicicleta vermelha, porque é que Atenas se chama Atenas? Porque há muito tempo atrás... muito tempo atrás mesmo, quando a cidade era uma pequena aldeia e os seus habitantes quiseram escolher uma divindade padroeira que por eles velasse... sucedeu que apenas 2 de entre os deuses do Olímpo se interessaram pelos mortais daquele lugarejo sem nome, perdido e tão pouco promissor. 

Eram eles Atena (deusa da sabedoria) e Posídon (deus do mar). Astutos como sempre foram, os atenienses (que ainda nem atenienses se chamavam...) propuseram aos 2 deuses que os disputavam, uma prova. E assim, aquele que vencesse seria o deus escolhido e futuramente cultoado. Pediram, então, que os deuses os agraciassem com uma dádiva. A que melhor lhes servisse o Porvir, determinaria o deus a quem prestariam culto. 

Posídon ofereceu-lhes um cavalo. Atenas trouxe-lhes uma oliveira. E vendo como os cavalos eram usados para fazer a guerra, mas que a oliveira e o seu cultivo lhes traria maiores benefícios, escolheram eles a deusa Atena para culto. E é por isso que, até hoje, Atenas se chama Atenas. Até hoje!

3 comentários:

Rocha disse...

Afinfa-lhe camarada!

Tenho aqui outra rodada de versos que acho que devo um pouco de inspiração à leitura dos teus versos. Vê lá se não têem a sua piada...

Tovarishch, nasdrovia!


Riqueza das Nações

Fomos passear pelo campo
a ver cercavamos as cidades pelo campesinato

Eu espereva uma longa marcha
e que me visses como um grande timoneiro

Viste um tipo com mais cabedal
e fizeste agonizar o teu querido intelectual

eu posso não ter grande músculo
mas tenho a minha dialéctica

E entre as minhas propriedades físicas
tenho muito sangue a passar pela minha cabeça

jurei que não faz mal
salário, lucro e capital... amen

Tentei telefonar
mas tu estavas de greve

fui bater à tua porta
mas tu estavas em lock-out

Tive uma crise de super-produção
precisava de escoar tanta produção em algum lado

Tentei sossegar ouvir o que dizia a burguesia
mas já estava com a revolução armada

Peguei num retrato da Margarette
E pintei o de novo de branco

Os trabalhadores precisam de esquecer
tamanho pesadelo

Esbarramos na rua outro dia
Lembrei te que ainda não exploraste a minha mais valia

Convidei-te para um sorvette
preparei o meu soviete

Propus-me de novo tomar a tua fábrica
e colocá-la em autogestão

Dizem-me amigos que tu és muita areia para a minha camioneta
Mas eu sou da classe ascendente, o proletariado

Estou pronto a assaltar teu palácio de inverno
querida deixa-me provar a hegemonia da minha classe

Há uma terrível contradição entre a socialização dos teus meios de produção
e a concentração (muito fechada) do teu capital

Andas sempre a passear pelo campo com aqueles marmelos
dos sindicatos amarelos

Andas de braços dados
com gorilas musculados

Os imperialistas
querem te nas capas das suas revistas

Desengana-te, não serás uma estrela
senão no topo desta rubra bandeira

Querida tu és a riqueza das nações

um anarco-ciclista disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
um anarco-ciclista disse...

tu é que lhe estás a afinfar muito bem! Muito bem mesmo