Sabes, linda rapariga da bicicleta vermelha, porque é que Atenas se chama Atenas? Porque há muito
tempo atrás... muito tempo atrás mesmo, quando a cidade era uma pequena aldeia e os seus habitantes
quiseram escolher uma divindade padroeira que por eles velasse... sucedeu que apenas 2 de entre
os deuses do Olímpo se interessaram pelos mortais daquele lugarejo sem nome, perdido e
tão pouco promissor.
Eram eles Atena (deusa da sabedoria) e Posídon (deus do mar). Astutos como sempre foram, os atenienses (que ainda nem atenienses
se chamavam...) propuseram aos 2 deuses que os disputavam, uma prova. E assim, aquele que vencesse
seria o deus escolhido e futuramente cultoado. Pediram, então, que os deuses os
agraciassem com uma dádiva. A que melhor lhes servisse o Porvir, determinaria o
deus a quem prestariam culto.
Posídon ofereceu-lhes um cavalo. Atenas trouxe-lhes
uma oliveira. E vendo como os cavalos eram usados para fazer a guerra, mas que
a oliveira e o seu cultivo lhes traria maiores benefícios, escolheram eles a deusa
Atena para culto. E é por isso que, até hoje, Atenas se chama Atenas. Até hoje!
3 comentários:
Afinfa-lhe camarada!
Tenho aqui outra rodada de versos que acho que devo um pouco de inspiração à leitura dos teus versos. Vê lá se não têem a sua piada...
Tovarishch, nasdrovia!
Riqueza das Nações
Fomos passear pelo campo
a ver cercavamos as cidades pelo campesinato
Eu espereva uma longa marcha
e que me visses como um grande timoneiro
Viste um tipo com mais cabedal
e fizeste agonizar o teu querido intelectual
eu posso não ter grande músculo
mas tenho a minha dialéctica
E entre as minhas propriedades físicas
tenho muito sangue a passar pela minha cabeça
jurei que não faz mal
salário, lucro e capital... amen
Tentei telefonar
mas tu estavas de greve
fui bater à tua porta
mas tu estavas em lock-out
Tive uma crise de super-produção
precisava de escoar tanta produção em algum lado
Tentei sossegar ouvir o que dizia a burguesia
mas já estava com a revolução armada
Peguei num retrato da Margarette
E pintei o de novo de branco
Os trabalhadores precisam de esquecer
tamanho pesadelo
Esbarramos na rua outro dia
Lembrei te que ainda não exploraste a minha mais valia
Convidei-te para um sorvette
preparei o meu soviete
Propus-me de novo tomar a tua fábrica
e colocá-la em autogestão
Dizem-me amigos que tu és muita areia para a minha camioneta
Mas eu sou da classe ascendente, o proletariado
Estou pronto a assaltar teu palácio de inverno
querida deixa-me provar a hegemonia da minha classe
Há uma terrível contradição entre a socialização dos teus meios de produção
e a concentração (muito fechada) do teu capital
Andas sempre a passear pelo campo com aqueles marmelos
dos sindicatos amarelos
Andas de braços dados
com gorilas musculados
Os imperialistas
querem te nas capas das suas revistas
Desengana-te, não serás uma estrela
senão no topo desta rubra bandeira
Querida tu és a riqueza das nações
tu é que lhe estás a afinfar muito bem! Muito bem mesmo
Enviar um comentário